Trôpega, Lia arrastou-se à janela do quarto esgueirando-se à parede até sentar-se ao chão. Estava sem forças. Olhou as mãos úmidas, vermelhas de sangue; não podia acreditar. Sua visão turva distorcia o reflexo no espelho. Com os olhos lacrimejantes na própria imagem, perguntou-se sobre a validade de sua inconseqüência. Faria tudo novamente. Sorriu. Empalideceu. Estática. Estava angustiada. Arrepiou-se. Uma dor profunda se fez sentir. E suas sensações perderam-se de si mesmas. Jamais imaginara uma morte como aquela. Nem tão prematura.