Este é um livro sobre saudade. E sobre solidão. Sobre reavaliar o passado para descobrir se é possível planejar um futuro. Sobre como o tempo passa, mas algumas dores perduram inabaláveis, persistentes, certas como o crepúsculo no final da tarde. Este livro é, acima de tudo, sobre detalhes. Noites azuis tem início em 26 de julho de 2010. Neste mesmo dia, sete anos antes, Quintana Roo, filha de Joan Didion com o também escritor John Gregory Dunne, se casava na catedral de são João, o Divino, em Nova York. Os jasmins em sua trança, a tatuagem da pluméria transparecendo sob o tule, os colares havaianos... detalhes simples que desencadeiam memórias vívidas da infância da jovem em Malibu, em Brentwood, e na escola, em Holmby Hills. Refletindo sobre sua filha, mas também sobre seu papel como mãe, Didion faz a pergunta que todo pai já se fez em algum momento da vida: fiz tudo o que poderia ter feito? Que detalhe passou despercebido? Que detalhe poderia fazer a diferença nos anos seguintes para evitar a fatídica saudade que hoje é sentida?