E se analisássemos a nossa vida não vivida, aquela que por alguma razão - alheia à nossa vontade ou não - deixamos de viver? Para o psicoterapeuta Adam Phillips, passamos grande parte de nossa existência tentando encontrar um sentido para a vida, revivendo nossas frustrações e nos culpando por desperdiçar o nosso potencial, enquanto poderíamos usar esses desapontamentos como ferramenta para conhecer mais sobre nós mesmos e sobre os nossos desejos. Vivemos como se soubéssemos mais das experiências que não tivemos, dos amores não correspondidos, do sucesso não alcançado do que das nossas vidas reais. Phillips defende que podemos ter frustrações e não adoecer por causa delas. E que elas podem, na verdade, nos dar um novo tipo de esperança - uma esperança mais realista de que nossos sonhos podem vir a se realizar - e nos levar para fora do mundo do faz de conta, fazendo-nos descobrir outras formas de satisfação, dessa vez reais, e não baseadas na imaginação. Usando exemplos de grandes personagens frustrados da literatura universal, Adam Phillips propõe que façamos uma análise de nossas frustrações para descobrirmos nossos maiores desejos e os caminhos para alcançarmos a realização.