Na ação do adjetivo trânsito, o sujeito ou objeto ao qual ele se refere não reside, mas está de passagem. Ou seja, o viajante não pertence. Da mesma forma, os leitores adolescentes encontram nessas estruturas um território a conquistar. Eles, desorientados, transitam através da ficção; coletam pistas, instruções, feitiços ou palavras para se localizarem dentro delas. E diante do desamparo desse nada em que a infância parece se transformar, atribuem metáforas ao pertencimento.