Guerra na imprensa: os jornais cariocas e a Coluna Prestes aborda, principalmente, a cobertura sobre a grande marcha revolucionária que abalou a República entre 1924 e 1927. São analisados dois importantes jornais cariocas da época, o governista O Paíz e o oposicionista Correio da Manhã, viscerais adversários na defesa de seus interesses no início do século XX. O irrestrito adesismo de O Paíz o tornava porta-voz oficioso do governo federal em muitas causas importantes da época, como na defesa da avassaladora reforma urbana do Rio de Janeiro de 1904, ou no apoio à vacinação obrigatória da população, consequência das medidas sanitaristas adotadas por Oswaldo Cruz na antiga capital federal. Essas políticas públicas, por outro lado, foram duramente combatidas pelo oposicionista Correio da Manhã. Na década de 1920, as graves tensões políticas causadas pelo movimento tenentista radicalizaram ainda mais os posicionamentos entre ambos os periódicos. [...]