No ano do centenário do nascimento de Rachel de Queiroz (1910-2003), a editora Armazém da Cultura lança livro inédito de poesias da autora, intitulado Serenata. Os poemas (1925-1930) foram publicados em jornais e revistas cearenses da época e entregues à editora pelo bibliófilo José Augusto Bezerra, que mantém o Memorial Rachel de Queiroz, com o consentimento da família de Rachel. Serenata contém poesias líricas de alguém que está descobrindo o mundo e sente a necessidade de expressá-lo em palavras. Rachel estabelece neste livro a sua identidade pessoal, a sua ideologia literária. Os temas poéticos abordados pela autora são sua própria vida, aquilo que a sensibilizava ou inquietava. A música, o livro, a casa, as pessoas, os sentimentos, os sonhos, a seca, o povo simples, a hospitalidade cearense, a religiosidade, são alguns destes temas apresentados na obra. Organizado e apresentado pela escritora Ana Miranda, o livro de poemas Serenata demonstra claramente quem Rachel desejava ser, e quem seria por toda a vida, uma das maiores escritoras brasileiras.