Nas grandes cidades, as dificuldades para os relacionamentos são ainda maiores, porque temos pouco tempo. Além disso, na vida contemporânea, sobra pouco espaço interior para reflexão sobre o sentido da velhice e da morte e para o cultivo da espiritualidade. Os mais velhos têm dificuldade para lidar com o significado da dependência e da inversão de papéis que esta impõe aos idosos e aos filhos. Sem significado existencial, o cuidar e o ser cuidado têm ainda maior chance de se tornarem experiências penosas. Assim, a presente coletânea trata dessas questões. Apesar de dados produzidos em outros países nos ajudarem, o conhecimento de como cuidadores brasileiros agem e como se sentem na situação de amparar idosos é de grande valia para a construção de modelos explicativos e de intervenção adaptados às necessidades dos idosos e de suas famílias.