"Numa primeira visada, os temas dos contos deste livro parecem não ter conexões entre si o diário de uma personagem durante a pandemia, a perspectiva lírica do olhar infantil para uma catástrofe financeira, a sexualidade crua de uma mulher anatomicamente incomum, as lembranças de um casal divorciado que têm como elo o final de vida de um cão, um professor universitário dentro do carro à noite anotando seus desastres existenciais, um episódio político-amoroso passado na década de 1970, a inadequação metafísica de um revisor de jornal, uma filha que recorda um segredo perverso etc., mas, lidos com atenção devida, os contos de "Eu vi um unicórnio morto" perfazem um diagnóstico severo porque verdadeiro da nossa condição pós-moderna. Isso num estilo claro, muitas vezes ácido, mas dosadamente poético e que coaduna forma e conteúdo com raro equilíbrio." - João Filho