Ao entrar na faculdade, inúmeros pensamentos, ações e obrigações invadem a mente de alguém que está estudando para se tornar médico. Mesmo quando muitos afirmam que não, o estudo também é uma forma de trabalho e, diga-se de passagem, não é uma rotina branda. Nesse cenário, a construção dessa obra une duas paixões: a medicina e o trabalho. Martin Luther King disse: se lhe pedirem para ser varredor de ruas, varra as ruas como Michelangelo pintava, como Bethoven compunha ou como Shakespeare escrevia. No mesmo contexto, Bernardino Ramazzini, pai da Medicina do Trabalho, fazia observações sobre a vida e a rotina dos operários da melhor forma que podia. Em 1690, lecionou uma matéria que denominou De Morbis Artificum as doenças dos trabalhadores. Grande estudioso e pesquisador do assunto, suas vivências e apontamentos transformaram-se, mais tarde, em um tratado intitulado De Morbis Artificum Diatriba, que reunia observações colhidas nos locais de trabalho e nas entrevistas com os (...)