O espírito encarnado, que não se vale do olhar da razão, não difere dos prisioneiros da caverna de Platão, e não consegue enxergar além dos horizontes da matéria densa, no corpo em que se encontra, transitoriamente, detido por determinadas circunstâncias evolutivas. Não obstante, infelizmente, também há quem, secularmente acomodado à penumbra da caverna, mesmo liberto das correntes que o aprisionam, não logra, de imediato, fitar a luz que, na glorificação da Vida Imortal, esplende lá fora, e que lhe permita enxergar a realidade em todos os seus luminosos contornos.