Vencedor do Prêmio jabuti em 1978, O CORAÇÃO DISPARADO consagrou a autora como a voz mais feminina da poesia brasileira. Nele, Adélia aprofunda um dos temas que se tornariam marca de sua obra: a religiosidade. “A experiência religiosa é uma experiência poética. A poesia aponta para o mesmo lugar para onde a fé nos leva. São experiências de natureza comum. Tanto é verdade que a linguagem é a mesma. Os textos míticos são paradoxos, falam por metáforas, porque falam do indizível. A poesia é a mesma coisa”, explica Adélia.