Nesta obra, enfatiza-se a importância das narrativas e histórias de vida na compreensão e na mudança do currículo, reitera-se a centralidade dos docentes nas decisões referentes ao currículo e ao ensino, rejeitam-se mudanças externamente concebidas e implementadas, denunciam-se os efeitos perversos dessas mudanças em profissionais comprometidos e competentes, evidencia-se o caráter excludente do discurso curricular hegemônico. Ao mesmo tempo, ao elaborar uma história social do processo de escolarização, Goodson vislumbra (e nos faz vislumbrar) a pertinência do emprego de histórias de vida na construção e na difusão do currículo como narração, instrumento indispensável para a urgente luta contra a exclusão que ainda marca nossa escola.