Após ter vivido a euforia e as promessas da abertura política no Brasil, Paulo encontra-se desiludido com os rumos que seu partido, um partido de esquerda, começa a tomar. Certo dia, voltando de um encontro político clandestino no interior do estado, Paulo se depara com uma indiazinha de 14 anos, com jornais e revistas apertados contra o corpo, parada na estrada sob uma forte chuva. A partir deste encontro, Paulo descobre, ou inventa para si, uma nova causa, um novo espaço para transgredir, sobretudo ao tomar conhecimento do que é de fato a vida da menina, Maína, condenada a viver com a família em um assentamento à beira da estrada, quase em estado de mendicância. O envolvimento de Paulo com os índios leva-o a estreitar os laços com a menina, de uma maneira profunda, o que acaba gerando uma grande transformação em ambos.