Meditar sobre o enigma do tempo é pensar a origem. Mas esta, desde Descartes, não mais preocupa o filósofo. É em vão- e não sem beirar a caricatura- que hoje se remonta 'cientificamente' ao primeiro homem...Se a teologia é a única que pensa radicalmente a origem, não deveria a filosofia interrogá-la? O texto do Gênesis, relido à luz das Confissões de Santo Agostinho e da Epístola de São Paulo aos Romanos, permite de fato apreender o sentido do tempo, pensar a origem e sua repetição.