Tendo como referencial teórico as tipologias produzidas pela sociologia militar nas obras dos autores Charles Moskos, John Allen William e David Segal, a autora se propõe a verificar o funcionamento de estruturas de organizações criminosas sul-americanas cuja principal atuação é o tráfico de drogas. Ao fazer essa opção analítica, seu olhar detém-se sobre o status da América do Sul na divisão internacional do trabalho ilícito, e para as particularidades que envolvem a lógica do crime neste espaço e seu impacto na sociedade como todo. A multiplicidade de experiências do universo do crime questiona a forma como costumamos olhar para esse fenômeno. Há uma narrativa já estabelecida, principalmente quando se trata das drogas, e essa narrativa passa por, necessariamente, identificar inimigos em categorias fechadas, colocando a juventude que atua no tráfico no mesmo patamar de ameaça que um grande atacadista. Que coloca cartéis, clãs familiares, comandos e máfias como atores com objetivos(...)