Silvia Ferreira Santos Wolff analisa, baseada em aprofundada pesquisa, a construção dos primeiros prédios de escolas públicas de São Paulo nas décadas iniciais do século XX. Mais de 120 edifícios foram erguidos em cidades espalhadas em todo o Estado no período, um investimento no ensino público inédito até aquele momento. Essas novas construções traziam elementos que pontuavam a modernidade da paisagem urbana da capital e do interior. Em sua pesquisa a autora descortina o trabalho de arquitetos já conhecidos como Ramos de Azevedo ou Victor Dubugras, mas também destaca o trabalho de anônimos e desconhecidos arquitetos funcionários públicos, como José van Humbeeck e Carlos Rozencrantz, entre outros. A arquitetura com matrizes no século XIX, como a desse conjunto também ganhou reconhecimento nos últimos anos como patrimônio importante e inerente à história paulista.