A inércia do sistema escolar frente às demandas impostas pela sociedade contemporânea, especialmente a exigência de currículos mais flexíveis e dinâmicos, deve-se, em grande parte, a uma concepção do ensino na qual o conhecimento é abordado sob a forma de pacotes informativos, formalizados no agrupamento de disciplinas que pouco se comunicam (as, assim denominadas, grades curriculares). Os currículos empacotados condicionam a percepção e o comportamento daqueles que os põem em funcionamento (educadores, educandos e especialistas), burocratizando a escola e tornando-a quase que um mundo paralelo, cujas fronteiras são delimitadas pela Matrix curricular. Os sujeitos da educação escolar veem-se enclausurados nessas grades, perdendo muito da sua capacidade de tornar o ensino mais criativo e sintonizado com a evolução da sociedade. Neste livro, o autor, tendo em vista um horizonte utópico porém não distante, convida-nos a resistir a esse domínio das grades curriculares, elaborando uma (...)