A apresentação de proposições pela Bancada Evangélica com clara fundamentação religiosa, em geral veiculando matérias que desafiam avanços progressistas e conquistas de minorias tais como aborto, arranjos familiares, ideologia de gênero e liberdade religiosa, por exemplo , alcançou publicidade e nível de apoio entre seu eleitorado e representativa parcela da população brasileira que a compatibilidade de suas atividades com o princípio da laicidade estatal passou a ser alvo de preocupações. Razão da pertinência de um panorama do trabalho realizado ao longo da 55ª Legislatura (2015-2019). Com a extrapolação dos limites do Parlamento para alcançar também cargos de destaque no Poder Executivo, a pauta do poder religioso evangélico entrou em cena, abordado na presente obra em três etapas distintas: o ideal de poder, o poder e a expectativa de poder. A ressignificação de princípios como a separação Estado-Igreja e a neutralidade estatal é desafio que se apresenta ao ordenamento jurídico brasileiro em um futuro presente.