Consagrada há pelo menos três décadas como uma das principais figuras do movimento internacional da história oral, Luisa Passerini detém, hoje, um invejável patrimônio de pesquisa refletido em dezenas de livros escritos e organizados, além de artigos e ensaios publicados e aclamados em várias partes do mundo. A essa abrangência temporal e geográfica corresponde um vasto repertório teórico e conceitual que todavia nunca se sobrepõe a seus assuntos. Para buscar respostas a questões sempre densas e atuais, o aparato intelectual encontra-se inescapavelmente com a experiência humana, por meio da memória e do diálogo. Esta é a marca que a historiadora italiana projetou sobre seus trabalhos de referência em uma miríade de temas, alguns deles como a história e a memória do fascismo e do terrorismo vermelho, as mulheres e as relações de gênero, a identidade europeia e o discurso amoroso presentes em A memória entre política e emoção, compêndio regido por rigor, engenho e sensibilidad e.