Qual será o caminho preferível, a tomar pela UE, agora que se abrem as perspectivas de uma economia mundial tendencialmente orientada para os pólos de uma aliança transpacífica? A nível político, faz todo o sentido que a UE represente a uma única voz nas negociações regionais, como ficou provado pelas negociações para o GATT, desenvolvidas no Uruguay Round. O desen-volvimento de uma política coerente e bem orientada para a Ásia sustentará futuramente este processo, conferindo à UE uma plataforma sólida onde serão efectivamente debatidas com a CEAP as questões ligadas ao comércio, ao investimento e aos regulamentos. Há ainda muitos debates a fazer sobre as estratégias que a Europa deve seguir num cenário provável em que se adivinha o século do Pacífico. Deve prosseguir como uma economia de características federalistas ou adoptar a estratégia de uma "Europa à la carte", em que as economias europeias seleccionam os aspectos de integração e de colaboração que lhes convêm, podendo ir da política agrícola à partilha de uma moeda comum? Os negócios europeus devem liderar abordagens mais activas que ampliem e criem redes na Ásia, através de investimentos directos, do estabelecimento de alianças estratégicas e de outros meios. A Europa deve aproveitar os que provarem ser mais eficazes, revitalizando e restaurando as suas vantagens competitivas e a sua posição num programa económico em rápida evolução - numa economia activa na formulação dos princípios de novas realidades que, em muitos aspectos não são familiares à Europa. CHRISTOPHER M. DENT é colaborador do Asia-Pacific Economic Co-Operation (APEC) da New Transatlantic Agenda (NTA) e da Asia-Europe Meetings (ASEM).