O xamanismo da abelha talvez seja o mais antigo e enigmático ramo do xamanismo. Ele existe no mundo todo - onde quer que existam colmeias. Seus instrumentos de cura - como o mel, o pólen, própolis e geleia real - atualmente são de uso comum, e mesmo as origens da acupuntura chinesa podem ser traçadas até a antiga prática de aplicar ferrões de abelha nos meridianos do corpo. Em sua etnografia autorizada e autobiografia espiritual, Simon Buxton, iniciado no Caminho do Pólen, revela pela primeira vez a riqueza desta tradição: sua inteligência sutil; seus panoramas, seus sons, seus odores; e suas cerimônias singulares que só eram conhecidas pelos iniciados. Buxton deu o primeiro passo no Caminho do Pólen aos nove anos, quando um vizinho - um xamã abelha austríaco - o curou de uma crise quase fatal de encefalite. Este contato precoce preparou-o para seu posterior encontro com um ancião que o tomou como aprendiz. Seguindo-se a uma intensa iniciação que o abriu para os mistérios da mente da colmeia, Buxton aprendeu nos treze anos seguintes as práticas, rituais e instrumentos do xamanismo da abelha. Ele vivenciou os poderes curativos e espirituais do mel e dos outros produtos da abelha, incluindo o "unguento para voar", usado pelas bruxas medievais, assim como as iniciações rituais com os membros femininos da tradição - as Melissas - e a aplicação dos "nektares" mágico-sexuais que promovem a longevidade e o êxtase. É uma visão única ao penetrar a sabedoria secreta desta tradição milenar. Restabelece a sexualidade sagrada e uma ética de iniciação para entendimento mais profundo da dinâmica da vida e da morte. Premiado com Canizares Book Award para não ficção, publicado em alemão, francês e lituano.