Neste estudo, sobre a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), procuramos entender como a educação dos considerados excepcionais foi sendo construída como rede paralela à educação regular, herança que permanece e parece dificultar a aceitação da escola regular pública como espaço não só de direito, mas também como o local mais adequado para a escolarização dos alunos com deficiência. Entendemos que as organizações sociais surgem como movimentos, agrupamentos, instituições ou associações, num tempo e num lugar, impulsionadas por pessoas sensíveis aos problemas que julgam sem o tratamento adequado do poder estabelecido. Assim, trazem propostas envolvidas na complexidade de suas percepções, fruto do lugar que ocupam na sociedade e de vivências tecidas e entranhadas no contexto social.