O olhar poético de CCS ultrapassa geografias tradicionais, estendendo-se a profundezas de mares e a florestas com placas de “não entre”. Isso porque há pelo menos dois tipos de poesia bem definidos, entre os vários explorados por ela: o lírico e o contador histórias. É neste em que aparecem os lugares insólitos, com suas divertidas personagens.Mas há outros experimentos, e nesta edição procuramos aproximar os seus temas e estilos, reordenando o que fora publicado nos dois primeiros livros: Poemas (2017) e O cavalo azul (2018). No conjunto, o que mais se destaca é o gênero lírico. Também nele, com seu enorme fôlego e repertório criativo, Caroline nos traz uma pesquisa ampla e fértil na arte de se expressar poeticamente.Uma pesquisa, diga-se, que apenas começa e não haverá de ter fim. Ela já sabe que, diante de uma estrela que “brilha sem hesitar”, e de águas que “vão sempre ondear”, a poeta não pode esperar mais do que ser uma simples folha.