A 44ª edição da serrote traz textos sobre as tensões entre raça e classe no Brasil, os riscos do engajamento de boas intenções, a dor do luto, as diferenças entre arte abstrata e representativa, entre outros temas. Evandro Cruz Silva em “Eu, minhas convicções e um moleque preto com arma na mão”, abre a nova edição da revista. A partir de um assalto que sofreu em Salvador, o autor reflete sobre as tensões entre ascensão social, racismo e o discurso da segurança. Outro destaque da publicação é o ensaio “Hipocondria moral”, assinado pela pesquisadora mexicana Natalia Carrillo e pelo espanhol Pau Luque. Os dois analisam como, em nome dos supostos bons sentimentos, parte das classes médias progressistas ocidentais se engaja na política de forma narcisista, não distinguindo entre culpa e responsabilidade.