O detetive Mario Conde não consegue ter sossego nem durante suas tão merecidas férias. Patricia Chion, sua sedutora colega de trabalho na polícia cubana, resolve interromper seu descanso e pedir sua ajuda para investigar um crime ocorrido no velho Bairro Chinês de Havana. Pedro Cuang, 78 anos, fora encontrado morto em casa em condições bastante bizarras: enforcado, sem nenhuma roupa no corpo e com um estranho símbolo talhado no peito além de o dedo indicador de sua mão esquerda ter sido cortado. Outro estranho detalhe: seu cachorro também fora assassinado. A princípio convencido de se tratar de um crime da máfia chinesa, Conde pede o auxílio de Juan Chion, seu grande amigo e pai de Patricia. Juan o apresenta a antigos rituais e santos chineses, na tentativa de explicar o significado do símbolo no peito do morto, e logo o detetive se vê compelido a conhecer mais sobre estranhos rituais africanos de palo monte, sarabanda, nganga... Teria tudo isso alguma ligação com o crime? Ou seria apenas algo para despistar a polícia? Em meio à investigação, abastecida por várias doses de álcool, Conde acaba descobrindo conexões e relacionamentos inesperados, negócios secretos, atividades ilegais, além de uma história de honra e desgraça que lhe faz finalmente entender a realidade de muitas famílias imigrantes asiáticas. Uma vigorosa história de mistério, que não deixa dúvidas de que Leonardo Padura é, como disse o jornal inglês The Guardian, o Dashiell Hammett de Havana.