Durante dezenas de milhares de anos, os seres humanos viviam, em média, apenas 30 anos. A partir de 1750, no Ocidente, a expectativa de vida começou a aumentar e cada geração passou a viver um pouco mais do que a anterior, preparando também a seguinte para viver ainda mais tempo. De forma lenta, mas contínua, nossa longevidade duplicou em dois séculos e, desde 1950, os avanços da Medicina e da Farmácia propiciaram um ganho de mais 25 anos de vida. Paralelamente os seres humanos criaram dois enormes riscos, ambiental e comportamental, que causam as doenças crônicas e provocam um retrocesso da saúde humana, que tem como caso exemplar a pandemia de covid-19. Este livro trata dos progressos que trouxeram a longevidade no patamar de hoje, mas também das disfunções das sociedades humanas – principalmente de sua relação com o meio ambiente –, que se voltam contra elas mesmas.