Sua obra, até hoje revelada aos poucos, mantém um fio condutor que revela um ambicioso projeto intelectual: discutir o ser nacional à luz de uma visão filosófica e antropológica do conceito de trabalho, central para propiciar uma leitura histórica da sociedade. Impulsionado pelo trabalho, o processo de desenvolvimento deve propiciar recursos cada vez mais elaborados para o homem lidar com a realidade: O modo pelo qual o homem vê o mundo tem como uma das causas condicionadoras a natureza do trabalho que executa e a qualidade dos instrumentos e processos que emprega. Mas o desenvolvimento da nação tem implicações mais vastas. Ele só pode ocorrer em paralelo à transição da consciência ingênua (aquela que ignora os fatores e condições que a determinam) para a consciência crítica (aquela que apreende a realidade como um processo dinâmico, formatado pela história, na qual se insere).