Esqueçam cor, condição social ou credo. O que realmente diferencia os homens é sua capacidade intelectual. Mas como entender o coeficiente de inteligência de uma pessoa? Como saber de que material são feitos os gênios? O psicólogo norte-americano Dean Keith Simonton — ganhador do prêmio Francis Galton — lança nova luz a esse intrincado processo seletivo. A origem do gênio analisa questões importantes para o entendimento do funcionamento do cérebro humano e a gênese da inteligência. Simonton pesquisou por anos e reuniu, em A origem do gênio, as conclusões para perguntas que assombram os estudiosos. Como é possível explicar o aparecimento de artistas e cientistas como Mozart, Shakespeare, Darwin ou Einstein? Como se definem os parâmetros da genialidade? Quais condições sociais e ambientais — ou traços de personalidade — produzem pessoas excepcionalmente criativas? A associação entre genialidade e loucura é realmente um mito? A origem do gênio argumenta, de forma convincente, que a criatividade pode ser entendida como uma variação do processo darwiniano de seleção e variação das espécies. O artista ou cientista gera uma riqueza de idéias para o julgamento tanto estético quanto empírico. Apenas as teorias com maior possibilidade de reprodução e aceitação sobrevivem. O verdadeiro teste para o gênio é deixar um considerável volume de seu trabalho para o escrutínio de futuras gerações. O autor apresenta os últimos dados de pesquisas sobre a criatividade e explora tópicos como os tipos de personalidade dos gênios. Simonton exibe inúmeras possibilidades, inclusive se a genialidade é genética ou fruto do meio — numa analogia ao bom selvagem de Rousseau; a influência da educação; e as ligações entre doenças mentais e QI extremamente elevados (lembrando que o próprio Darwin era emocional e mentalmente instável). O livro trata, ainda, do alto incidente de traumas de infância, especialmente a morte de um dos pais, entre vencedores do Nobel. A origem do gênio se baseia, substancialmente, no exame minucioso dos trabalhos e citações de figuras como Henri Poincare, W. H. Auden, Albert Einstein, Marie Curie, Charles Darwin, Niels Bohr e muitos outros.