Muitos se perguntaram a respeito da possibilidade de os empresários brasileiros exercerem sua hegemonia política e dirigir o processo de modernização e desenvolvimento nacional. Dada a conformação de um projeto hegemônico neoliberal na década de 1990, seria cabível investigar o apoio ou a oposição dos industriais brasileiros a esse projeto, para, a seguir, responder se esse projeto poderia representar a hegemonia desse empresariado ou sua subalternidade. O caminho adotado neste livro foi, entretanto, outro. Em vez de investigar o projeto burguês ou a hegemonia burguesa, seu autor procurou desvendar os processos de conformação desse projeto e dessa hegemonia, bem como seu alcance e seus limites.