Pessoas no singular é uma obra de contos; é uma obra de crônicas; é uma obra de um bom observador: de contos, pois há em toda a narrativa do autor inesperadas inserções do gênero ficção; de crônicas, pois o todo na obra apresentado parte do campo do real e vai se encaminhando para o universo mágico da criação; de um bom observador, pois o conjunto aqui exposto só poderia estar da maneira que está através de um olhar aguçado e sensível. O autor apresenta ao leitor um rico leque de histórias que poderiam ter sido vividas por qualquer um de nós; um amontoado de gente, no melhor sentido do termo, que, através de sua lente generosa e observadora de aumento dos mínimos detalhes, nos traz situações e casos mais que interessantes casos de imediata identificação, situações que, por mais que ao olhá-las nos identifiquemos, ao lê-los adentramos então no fabuloso universo do autor.