Além de um escritor dos mais respeitados, James Michener foi, durante muito tempo, parceiro de uma grande editora americana, o que lhe garantiu uma visão privilegiada, dos bastidores, desse mundo fascinante. Em “O romance”, Michener convida o leitor a conhecer o lado interno desse fascínio, que se apóia numa megaestrutura capaz de colocar no mercado uma quantidade enorme de livros, com um nível de qualidade invejável. Para mostrar o funcionamento dessa “máquina” colossal, ele cria um personagem – escritor de best-seller que acaba de concluir um romance. Naturalmente, em tal universo não poderiam faltar as manobras dos críticos, nem aquele professor que sonha com o mesmo sucesso dos autores sobre os quais fala. Michener também não esqueceria de incluir na história as artimanhas dos pareceristas. Mas, dessa fauna, destaca-se uma editora de texto, de fôlego e intuição brilhantes. Mulher “antenada” com os ingredientes que criam um best-seller, ela descobre um filão fantástico e faz dele um verdadeiro sucesso.