Este livro aborda a censura oficial à cultura e às artes e, especificamente, a livros de ficção de autores brasileiros durante a Ditadura Militar Brasileira. O estudo dos atos censórios do Departamento de Censura e Diversões Públicas (DCDP) em relação a livros nos possibilita delinear alguns elementos dos mecanismos de censura e também refletir sobre a repercussão desta censura no universo da produção da cultura brasileira. Inicialmente, Sandra Reimão traça um panorama histórico da atuação censória nos governos militares em relação á cultura, às artes e aos livros em particular. A partir do quadro geral traçado no capítulo inicial, a autora se detém, nos capítulos seguintes, em alguns casos de vetos censórios a textos de ficção de autores brasileiros: os livros Feliz Ano Novo, de Rubem Fonseca, Zero, de Ignácio de Loyola Brandão, Dez histórias imorais, de Aguinaldo Silva, Em câmara lenta, de Renato Tapajós, e os contos "Mister Curitiba", de Dalton Trevisan e "O cobrador", de Rubem Fonseca, publicados na Revista Status.