Vivemos numa sociedade em que comprar e descartar de forma inconsequente se tornou um hábito. Não sabemos quem confeccionou nossas vestes, produziu nossos móveis e utensílios de cozinha. No entanto, parte considerável da população exerce função de operariado para que tais produtos sejam ofertados, e com distinções de design que conferem preços mais caros. É justo esse sistema de trabalho no qual as habilidades artesanais de confecção e construção são reduzidas a atividades mecanizadas com salários sofríveis? As facilidades de pegue e pague do consumismo globalizado, além de subjugar o trabalho de artí fices, pois estes não têm como competir com a produção industrializada, têm resultado em poluição devastadora do meio ambiente. É preciso propor modos de produção e consumo mais humanizados e sustentáveis, aliados aos processos de fabricar que não explorem a vida de homens e mulheres. [...]