Este livro busca demonstrar a transformação do modelo regulatório de contrato no Novo Código Civil. Partindo-se do pressuposto de que o contrato é um fato social regulado pelo Direito (Direito Contratual) a partir de valores e princípios diversos ao longo do tempo, a idéia é demonstrar como o legislador nacional passou de um modelo regulatório liberal de contrato (calcado na vontade) para um modelo solidarista (fundado na intervenção estatal), tendo em vista a adoção de diversos institutos desenvolvidos pela doutrina "welfarista" adotados no Novo Código: função social do contrato, abuso de direito e justiça contratual (onerosidade excessiva e lesão). Nesse contexto, o Poder Judiciário brasileiro passa a ter um papel de maior intervenção nos pactos privados. O trabalho visa ainda a questionar da atualidade desse novo modelo regulatório, diante do atual momento de globalização da economia, do enfraquecimento do Estado na fase pós-industrial da economia contemporânea, no qual certamente as interações de mercado se fortalecem e o direito contratual precisa responder a esta nova realidade.