Até que ponto se é contra ou a favor da pena de morte? Se dois drogados estupram, torturam e tentam matar uma menina de 10 anos, qual a pena que deveriam ter? E se um pai resolve fazer justiça com as próprias mãos, o que ele merece? Pelas leis do Mississípi, Estados Unidos, 20 anos de prisão para os primeiros e cadeira elétrica para o segundo. Tentando reverter este paradoxo, o advogado Jack Brigance enfrenta mais um problema para defender seu cliente, Carl Hailey, preso depois de matar os dois estupradores: o racismo. A opinião pública fica dividida entre os que apóiam a atitude de Hailey e os que não admitem que um negro acabe com um branco. A Ku-klux-klan resolve comprar a briga. Os jurados e o juiz são ameçados. O advogado de defesa tem sua casa incendiada, o marido de sua secretária é espancado e morre, sua estagiária sofre um atentado e seu segurança fica paralítico por causa de um tiro destinado a ele. E, pior, todos dizem que a causa é perdida. Conhecido como o número um do legal thriller, John Grisham começou a escrever ‘Tempo de matar’ três anos depois de se formar como advogado na Ole Mississipi Law School. O próprio autor reconhece que é seu livro mais autobiográfico. Ele foi tentado a transpor para um romance o clima dos tribunais depois que defendeu um homem que cometeu um crime semelhante ao de Carl Hailey. Grisham ficou obcecado com a idéia de vingança.