Convidado a expor sua visão do ato de escrever e do que entendia por teoria crítica nas tradicionais Wellek Library Lectures da Universidade da Califórnia, em Irvine, acompanhamos aqui um Jean-François Lyotard chegando à conclusão que é um exercício ilusório querer fazê-lo, algo como a quadratura do círculo. O que ganhamos no fim são cerca de cinqüenta anos de caminho e descaminhos entre literatura, estética, ética e engajamento político. Lyotard discorre sobre o juízo do gosto em Kant, estabelece um paralelo entre este e Cézanne, ' a pureza do sentimento estético' enveredando pela ótica da independência do sentimento estético em relação ao conceito e ao interesse. Aborda Hegel, Nietzsche, Heidegger, Wittgenstein, alicerces irremovíveis, marca sua posição frente ao reino das letras- visita Hölderlin, Claude Simon, até Peter Handke faz uma aparição.