Após um hiato de 40 anos, Jorge da Cunha Lima volta com a coletânea de poemas Troia Canudos. O livro recupera elementos antigos e recontextualiza-os à epopeia tragicorriqueira do homem comum, com rimas surpreendentes, ritmo forte, e uma erudição acessível (versos em português, inglês, francês e espanhol).O que, no fundo, Jorge da Cunha Lima sugere em seu novo livro de poemas de rimas surpreendentes, ritmo tão forte que você se pilha marcando a cadência dos versos com o pé, e uma erudição posta ao alcance da libido do leitor, é que a poesia é que é o nada que é tudo, com a devida vênia ao bardo lusitano. O fero Aquiles, o artimanhoso Ulisses e a escultural Helena, “a mulher da própria história humana”, escapam da Ilíada e da Odisseia para dar as mãos e, de lambuja, o sexo, ao prosaico Leopold Bloom, ao torturado Stephen Dedalus, à trêfega Molly de uma Dublin corriqueira, bêbada e adúltera, que pode muito bem situar-se na Pauliceia do poeta.O que, no fundo, Jorge da Cunha Lima sugere em seu novo livro de poemas de rimas surpreendentes, ritmo tão forte que você se pilha marcando a cadência dos versos com o pé, e uma erudição posta ao alcance da libido do leitor, é que a poesia é que é o nada que é tudo, com a devida vênia ao bardo lusitano. O fero Aquiles, o artimanhoso Ulisses e a escultural Helena, “a mulher da própria história humana”, escapam da Ilíada e da Odisseia para dar as mãos e, de lambuja, o sexo, ao prosaico Leopold Bloom, ao torturado Stephen Dedalus, à trêfega Molly de uma Dublin corriqueira, bêbada e adúltera, que pode muito bem situar-se na Pauliceia do poeta.