Grande promessa de sua geração, segundo O Globo, Flávio Izhaki, aos 28 anos, supera as expectativas num romance para ser lido de um só fôlego e sorvido até a última linha por quem está atento aos novos talentos da literatura brasileira. Com ironia dramática, Izhaki narra a trajetória de um anti-herói contemporâneo no que acaba por ser um anti-romance de formação. Desiludido pelo fracasso de sua estréia literária, Felipe vive sem perspectivas, até encontrar num sebo, em Curitiba, um exemplar de seu livro. Nas margens das páginas, anotações de uma desconhecida desconstroem sua narrativa, ao mesmo tempo que parecem oferecer pistas para que Felipe reconstrua sua própria história. Numa jornada em busca da autora das anotações, ele perseguirá também explicações para seu fracasso. Ao leitor revela-se o vazio de uma geração formada na sociedade do simulacro e treinada para as aparências.