Este livro busca mostrar que mudanças recentes no imaginário geográfico do semiárido brasileiro decorrem de uma geopolítica da natureza atuante em várias escalas. Os autores ressaltam que a Caatinga, bioma brasileiro por excelência, tem se tornado um trunfo precioso na arena da globalização, de onde são emanados procedimentos para salvaguardar a biodiversidade planetária. Ao mesmo tempo, mostram que movimentos por uma existência humana mais equilibrada com as características da intrínsecas das terras secas do Nordeste, cuja ressonância era restrita até pouco tempo atrás a esferas locais e regionais, têm experimentado uma dramática conexão com o debate internacional, via mudanças climáticas. Esta obra indica que o novo e o velho imaginário trágico do Nordeste – e das secas – vem sendo recombinado, subvertido ou recriado.