Não seria absurdo imaginar um menino cair de amores por uma senhora idosa se no meio da história estivesse algo ainda mais estapafúrdio: um rinoceronte enorme e desconjuntado. A coisa brutamontes é um livro-interrogação: Há um lugar para ser criança e outro para ser velho? A velhice tem um lugar? A infância um dia acaba? Perto e longe são palavras desconhecidas? O que acontece quando uma criança se apaixona por alguém com muitos anos sem nem saber o que é gostar? Essa é uma história de ficção, mas poderia ser a vida. Cícero e Dona Maria são como coordenadas geográficas tentando indicar um lugar fácil de chegar mas que mesmo assim poucos visitam depois de grandes: um lugar chamado infância.