Tendo como cenário a França galante do século XVIII, o enredo deste romance principia à época da morte do rei Luis XVI, quando Chantal de Montfort, aos nove anos de idade, surge inesperadamente no cemitério particular de Fontenay, uma aristocrática vivenda campestre. Chantal não é uma criança qualquer. Ela carrega o fardo de um segredo. E tal segredo nos colocará diante de um rico leque de personagens, entre os quais destacaremos Monsieur Anselmo D’Amberliz - um homem que parece imune ao envelhecimento - líder de um grupo secreto e pioneiro, que se reúne com o objetivo de desvendar os segredos das comunicações com espíritos. Conheceremos, ainda, Monsieur Gilles, um amigável e poético espectro que vagueia pelos corredores e jardins do Solar Fontenay, em busca de um perdão quase impossível. Além de ser uma obra de leitura apaixonante, o romance "A História de Chantal" nos permite revisitar certas delicadezas de sentimento, certos prazeres estéticos e espirituais que, atualmente, parecem estar adormecidos... ou quase perdidos entre as infindáveis urgências e superficialismos do mundo moderno.