A obra propõe um interessantíssimo diálogo autoral. Ao contrário do que poderia ser imaginado, esse diálogo não é travado entre dois autores ou entre o pesquisador e o teórico do direito eleito para a pesquisa. Não. O diálogo que se desenreda na obra de Henrique Simon é protagonizado pelo mesmo autor. As duas fases da produção filosófica de Ludwig Wittgenstein são analisadas, contrapostas e mapeadas por meio das influências exercidas sobre Kelsen e Hart. Com uma notável facilidade descritiva, Henrique Simon guia o leitor nos caminhos da filosofia da linguagem wittgensteiniana, o que permite uma imediata re-significação das teorias que empreendem a virada lingüística no direito.