Fruto do Seminário Nacional sobre Trabalho Escravo realizado em Goiânia, em abril de 1997, essa publicação reproduz o clamor de centenas de homens e mulheres do campo, adultos e velhos, jovens e crianças, vítimas do trabalho escravo. O resultado é um amplo painel de assustadora atualidade, uma vez que a violência nas relações trabalhistas infelizmente persiste até hoje. A palavra é dada em primeiro lugar às próprias vítimas do trabalho escravo: foram inseridas na obra quatro declarações de lavradores e um depoimento recolhido pela CPT de Conceição do Araguaia. Os demais autores são pessoas ou entidades engajadas na luta contra o trabalho escravo, atuantes seja em organizações internacionais, como a Anti-Slavery International, seja em instituições públicas, contribuindo com seu indispensável saber de historiadores, sociólogos, juristas e políticos. Tem lugar também a palavra de dois agentes de pastoral da CPT. O quadro apresentado é bem abrangente com relação ao tempo e ao espaço, e bastante denso e complexo em termos de conteúdos, definições e conceituação. Os autores coincidem todos na busca de soluções eficazes contra essa histórica chaga social de nosso país.