O progresso social brasileiro, baseado na inclusão dos trabalhadores mais pobres em atividades produtivas formais, permanece incompleto. É inquestionável a necessidade de continuidade. E essa continuidade depende de políticas públicas baseadas numa adequada compreensão das causas, dos acertos e dos erros que cometemos ao longo da última década. Mas existem diversas indicações de impedimentos a essa continuidade. Poderá o crescimento dos salários reais persistir acima do crescimento da produtividade do trabalho, como tem ocorrido ao longo da última década? Poderá o país continuar sua trajetória de formalização crescente num ambiente de falta de crescimento econômico e valorização acentuada do salário mínimo? Como uma formalização crescente afeta o balanço fiscal do país? Tudo parece indicar que, para continuarmos a alcançar reduções acentuadas na informalidade, precisamos mudar o que tem sido feito. Este livro é uma obra de leitura indispensável a todos que, ao longo da próxima década, irão desenhar, apoiar ou criticar as políticas públicas brasileiras na sua relação com a informalidade. Aos três audaciosos organizadores e seus 19 fantásticos colaboradores gostaria de reconhecer a grandiosidade da obra e agradecer por seu valor inestimável para a análise, avaliação e desenho das políticas públicas brasileiras para as próximas décadas.