Neste livro, procuro desenvolver um sentido de corpo em estado interpretativo, partindo de nossa prática e cultura, falar um pouco de nossas utopias, como alcançar camadas temporais em certos níveis, como manter e como sair de estados energéticos, ativando relações entre o movimento dançado e desafios coreográficos. A centralidade da discussão recai sobre o discurso do corpo que dança, na percepção de ritmos e ambiências corporais que se afinam com uma decolonização de poderes técnicos da dança universal e hegemônica. Procuramos dançar, assim, do lado subalterno da dança, sentir o cheiro das gentes, no uso de nossos espaços internos que constantemente dialogam com o meio ambiente e principalmente com a máscara da nossa brasileira diferença colonial (texto da primeira orelha da obra, pela Autora).