Um Oásis de Sombra e Luz em cada Escola tem como protagonista não um personagem, mas um projeto formativo baseado na ideia utópica da arte como ingrediente indispensável para a formação de um ser humano melhor. O autor analisa o Curso de Artes Plásticas na Educação (CAPE), iniciativa da Secretaria de Educação do Estado do Paraná que especializou professores normalistas de 1964 a 1974 para dirigir escolinhas de arte integradas às escolas públicas. O CAPE é aqui pela primeira vez objeto de um estudo no nível de aprofundamento de uma tese de doutorado, cuja trama, tecida a partir de uma diversidade de fontes, integra as ações empreendidas localmente com um contexto maior. As escolinhas de arte, comparadas por Anísio Teixeira a oásis de sombra e luz, tornaram-se, de uma hora para outra, miragens deslocadas na paisagem que então se desenhava. Assim, a história do CAPE, que Ricardo Carneiro nos conta, é também a história de projetos idealistas, de miragens, deslocamentos, sonhos, disputas.