quem não é susto paradoxo em voz baixa reafirma o caminho traçado por Maria Lúcia Verdi em seus livros anteriores, tornando mais nítida a linha sinuosa entre movimento e contemplação, criação e desejo de crítica, escrita e apelo de silêncio, que se impõe com clareza no impulso imperativo da reescrita. Porque para Maria Lúcia, ler é reler e acompanhamos as viagens constantes por seus próprios textos, pontuadas por trechos de seus autores preferidos. Uma das consequências dessa insistência é que, para ela, escrever é também reescrever, no limite uma atividade suicida de apagamento da obra que aspira à perfeição: poesia como diário / não escrito