Ao declarar sua origem no "calor da hora" das transformações profundas que se deram na década de 1980, o livro nos convida a uma leitura nas entrelinhas. Trata-se de entender os revezes e reviravoltas que o "alto modernismo" experimentou, sem trégua, entre os meados da década de 1950 e o início da de 1990, no contexto euro-norte americano, e também em países que, como o Brasil, vinham experimentando processos contínuos e decisivos de modernização, desde os anos trinta do século XX. As entrevistas realizadas por Tadeu Chiarelli, autor que impulsionou de maneira notável no país os estudos sobre a fotografia e a revisão do modernismo brasileiro, com 27 jovens artistas que entre os anos de 1986 e 1987 começavam a ganhar alguma projeção no circuito de arte brasileiro, são uma contribuição essencial para a compreensão do período e do contencioso de problemas que carreou para a atualidade.