Este livro analisa a influência que o princípio da proibição do retrocesso social, visto através das lentes da hermenêutica filosófica e a partir de uma perspectiva constitucionalmente adequada, pode exercer na tentativa de superação da crise de (in)efetividade da Constituição e do Estado, sobretudo no que tange à falta de concretização dos direitos fundamentais no Brasil. Numa palavra, cuida da relação circular existente entre o fato de que o referido princípio pode ser visto como corolário da força normativa que a Constituição de 1988 possui e, por conseguinte, se assim concebido, como garantia dessa mesma força. No que tange a este último aspecto, o de garantia, cuida-se da vinculação do legislador à realização dos direitos fundamentais prestacionais através de at uações normativas, imposta pela proibição do retrocesso, bem como das possibilidades da Jurisdição Constitucional exercer o controle sobre esta atividade, notadamente em caso de omissões normativas inconstitucionais.