A utilização de mão-de-obra livre no período colonial foi um recurso amplamente utilizado tanto nas áreas exportadoras como nos setores de serviços e abastecimento, ainda que nesse período a escravidão fosse a forma dominante de trabalho. Apoiando-se em vasta pesquisa documental, a autora procurou captar a complexidade social e de formas de trabalho que coexistiram regionalmente. Os agregados, livres pobres e libertos ocuparam-se de setores econômicos geralmente onde não havia escravos, cumprindo um papel importante ainda mal dimensionado. Inicialmente, a autora apresenta as questões numa perspectiva mais ampla, procurando compreender como livres e escravos coexistiram no mundo do trabalho e a seguir volta-se para as áreas de lavoura canavieira no sul, focalizando a cidade de Itu, sua história e a de sua produção agrícola.